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Foto do escritorEquipe ENE

O paradoxo do Soltar - 2


Soltar é um grande desafio.


É difícil de entender, acreditar e principalmente, praticar.


É um paradoxo e se é um paradoxo mesmo se contradizendo, traz o sentido da verdade.


Soltar para ter.


Deixar ir para vir.


Solta que vem.


Embora tenha muitas explicações e implicações, seguimos tentando compreender.


Mesmo já sendo a base de muitas filosofias e religiões, os experimentos da física quântica, sem dúvidas nos deram uma oportunidade de compreender o nosso protagonismo: criar a realidade, modificar eventos, atrair o que se deseja ter.


Para os habitantes deste plano, totalmente motivados pela materialidade, isso seria a chave mestra, perfeita para abrir qualquer porta.


Mas, incrivelmente a porta não abre.


O que eu estou fazendo de errado?


Tem uma porta, eu tenho a chave, mas ela não abre.


O que está emperrando?


Talvez estejamos fazendo um movimento que contraria o fluxo de abertura, por exemplo, puxando ao invés de empurrar.


Soltar sem dúvidas é um fator muito intrigante nesta equação.


Usando o exemplo da porta, o fluxo de abertura pode simbolizar o soltar, pense sobre isso.


Convido-o a reflexões:


Será que tudo o que conquistamos só aconteceu porque soltamos?

E o contrário?

E se tivéssemos soltado antes? Como estaríamos agora?


A questão é que vivemos a vida desejando muitas coisas e o que não percebemos é que nossos desejos são criados para nos livrar de sofrimentos.


Entenda por sofrimento todos os seus sinônimos: aflição, angústia, ansiedade, pesar, tristeza, martírio, dificuldade, carência, etc...


Queremos coisas para atender necessidades (imaginárias ou reais) e toda necessidade gera um tipo de sofrer.


E quando conquistamos sentimos alegria, alívio.


Alegria pela conquista? Ou porque aquilo que conquistamos é o que precisávamos para nos livrar do sofrimento?


A questão do soltar é muito mais profunda, filosófica e espiritual do que imaginamos.


Solta que vem.


Solta o que?


O desejo?


Não.


A questão está um passo atrás.


Só vai soltar verdadeiramente quando o desejo em si não significar mais nenhum

sofrimento.


Quando isso acontecer muda tudo.


Aí vem?


Não dá para responder porque quando isso acontecer não existirá mais a pergunta.

Então, ficamos diante de outro paradoxo:


Ficamos prontos para ter ou realizar o que não desejamos embora seja desejável.

E como livrar-se desse sofrer?


Buda nos deu respostas através do Caminho Ócuplo ou Caminho do meio.


Jesus nos deu respostas durante toda a sua passagem pela Terra.


Assim como outros seres iluminados que passaram ou que estão aqui agora.


Não importa qual o caminho iremos escolher, precisamos aprender a abrir a porta pelo lado certo.


Procurar os caminhos que nos ajudem a compreender e nos libertar do sofrimento.

Esse caminho, ao meu entendimento está na confiança no Amor do Todo.

Com amor,

Valéria Campos

Equipe Hélio Couto



 

Valéria faz uma reflexão sobre o vídeo do Professor Hélio Couto "Soltar"




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