Cocriar com o Todo - A Relevância das Experiências
Chamo de experiência todos os momentos e situações que vivenciamos.
Das mais simples às mais complexas.
Escrever aqui é uma experiência que estou vivenciando.
E para todos esses momentos nossa mente está colocando alguma medida de valor ao que chamo relevância ou importância.
Isso ou aquilo é mais ou menos importante de acordo com a visão de mundo que temos.
E quanto mais expandimos a visão de mundo, mais mudamos nossa percepção sobre as experiências.
Lembrando que a visão de mundo é compreendida pelo ego. É individual e representa o mapa interno de cada um.
O mapa é apenas uma representação gráfica, em escala reduzida de um território, enquanto o território compreende a totalidade daquilo que está sendo representado pelo mapa.
A expressão “O mapa não é o território” quer nos mostrar que o mapa representa nossa percepção dos fatos, enquanto o território representa a realidade em sua amplitude.
Por isso é tão importante ampliar a visão de mundo, pois só assim ampliamos as coordenadas do mapa e podemos seguir com mais confiança compreendendo os possíveis caminhos que podem nos levar ao destino pretendido.
Ampliar a visão de mundo significa compreender as experiências de forma mais ampla também.
Compreender o que está além dos fatos.
Há sempre algo a mais, ou, muito a mais do que aquilo que o ego consegue compreender.
Esse “além” é o que precisa ser visto.
O ego não fará isso, a não ser que seja um ego disposto à expansão.
Podemos ver beleza, grandiosidade, oportunidade nas coisas mais simples da vida e por vezes fazemos isso, ou podemos deixar muitas coisas simplesmente passarem por nós, sem serem vistas.
Podemos fixar nossa atenção e empregar energia em qualquer coisa, e tendemos a fazer isso naquelas as quais reconhecemos a relevância.
O que realmente importa para você?
O impacto da experiência é proporcional à relevância que damos a ela. Seja ela boa ou ruim.
Uma simples discussão com o chefe, por exemplo, pode ter impacto desastroso ou super positivo.
Pode despertar os piores sentimentos, emergir sombras, ou pode ser um grande aprendizado para ambos.
Uma discussão com o chefe pode ser suficiente para que a pessoa desista de seus objetivos profissionais; ou a pessoa pode compreender que o objetivo é muito maior do que o evento.
Se ela tem a compreensão correta do objetivo que a mantém no emprego, este passa a ter relevância muito maior do que a discussão em si.
Se a experiência é compreendida em sua amplitude, não precisa mais se repetir e provavelmente não repetirá. Lição aprendida.
Mas, se não for, podemos seguir, repetindo, repetindo, de diversas formas, a mesma experiência.
Em dado momento a discussão é com o chefe, em outro é com o parceiro (a), em outro com os filhos, etc.
Até que consigamos expandir para além da experiência.
Não é a discussão com o chefe.
Não é a perda de dinheiro ou posição.
Não é o emprego que não foi conseguido.
Não são os conflitos no relacionamento afetivo.
Não são os sucessos ou fracassos.
Não são os desejos não realizados.
Não é a injustiça.
Não são as pessoas.
Não é o mundo.
Não são as experiências em si que precisam ser observadas, mas a relevância e o que conseguimos absorver delas.
Algumas reflexões podem ajudar:
- O que essa experiência quer me dizer?
- De que forma ela está alinhada com o meu propósito?
- De que forma eu posso usar essa experiência para minha expansão?
- Qual a relevância dessa experiência para meu processo evolutivo?
- Qual a real importância dela na minha vida?
- Quanta energia eu despendi ou estou despendendo para essa experiência?
- Que diferença faria na minha vida se ela não tivesse acontecido?
- Consigo avaliar por que aconteceu?
Todas as experiências estão sendo criadas por nós ou para nós.
O mais simples pensamento pode ser o propulsor para a materialização de uma experiência. Assim nós criamos. Nos colocamos disponíveis para o sincronismo dos eventos.
Atraímos ou movemo-nos em direção; emaranhamo-nos com vibrações correspondentes ao que estamos vibrando.
Basta um pensamento, um só pensamento para gerar o sentimento que fará com que em algum momento do tempo, a experiência se materialize. Seja ela boa ou ruim.
Como nossa compreensão e aceitação ainda são muito limitadas, seguimos criando, ora o que queremos, ora o que não queremos.
Mas, o Todo também está criando e Ele cria o melhor para nós.
Se aceitarmos as criações do Todo e as reconhecermos como bênçãos, veremos o quão perfeito é o Seu processo de criação.
Para isso precisamos ter um ego forte, que queira expandir para ver além da experiência.
O Todo faz os ajustes, sincroniza, corrige, compensa.
Ele é perfeito.
Se aceitamos isso e deixamos o Todo agir para nós, todas as experiências que vivenciarmos terão apenas um propósito: nossa evolução.
Assim poderemos ser verdadeiramente cocriadores da nossa realidade. Com Ele. Pelo amor Dele.
Com amor,
Valéria Campos.
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